Poemas – Semana Farroupilha
9º Ano – Atividade realizada na disciplina de Língua Portuguesa – Professora Rosinéia Izac Zorzo
Prenda do jeito dela
Criada lá na estância
A prenda vive acanhada
Sofre todo o santo dia
Por medo de ser julgada
Tem que aprender cozinhar
Para ser mulher prendada.
Bordar e costurar
Também deve aprender
Pois o pobre do marido
Não pode em suas mãos sofrer.
Chega disso, ela cansou
E tu deve entender!
A guria sai campo afora
Com as melenas ao vento
Vai cultivar a tradição
Sem ouvir um argumento
Ela vive livre agora
Sem dar ouvido à julgamento.
Se quiser ir para o baile,
Pra bailar a noite inteira
Deixe a guria viver
E dançar uma vaneira
Larga de mão dessa história
De que prenda é caseira.
A querência ela carrega
Dentro do coração
Mas a vivente cansou
Dessa tal de opressão
É mulher bem decidida
Para tua informação!
Milena Machado Batista
A prenda revolucionária
Sou apenas uma prenda
Sigo ordens do meu peão
Moro nessa fazenda
Perto do estradão.
Cozinhando e esfregando o chão
Minha opinião não importa
Passo o dia nessa escravidão
Só quero sair pela porta…
Ele quer mandar em mim
Só me ameaça
Mas não vou ficar calada
Com toda essa desgraça.
Aquele gaúcho mal-amado
Que se acha o machão
Infelizmente é meu marido
Mas macho não é não!
Eu sou gaúcha decidida
Nasci no Rio Grande do Sul
Vou tomar jeito na minha vida
Pois não sou pra qualquer um.
Desse gaudério larguei de mão
E minha vida vou seguindo
Pois machismo não quero não
Também sou dona desse chão!
Ana Laura Hansen de Camargo e Júlia Hamerski Fritzen
Gaudéria feminista
Nessa vida campeira
Muito já apanhei
Por causa do machismo,
Muito já chorei.
Quero montar num alazão
Sair e me libertar
Viver minha vida
Não só cozinhar!
Quero sair para dançar
Beber e me divertir
Sem que me chamem de piguancha
Para assim poder sorrir.
Nessa vida de gaúcho
Muita mulher não tem luxo
Passa o dia trabalhando
E os “machões” nos rotulando.
Vitória Pereira Teixeira
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