TERAPIA COM PEDRAS QUENTES NA FISIOTERAPIA
LANÇANOVA, Andriéli A. S.
PIRES, Ana Helena B.
Dentre os diversos tipos de recursos terapêuticos, existem as terapias alternativas, também conhecidas como terapias integrativo-complementares, que apresentam pressupostos holísticos, fortalecendo o contato terapeuta/paciente, visando a busca do equilíbrio corpóreo, psicológico e social por meio de práticas puras e naturais. Essas terapias incluem desde o uso da terapia com pedras quentes, a aromaterapia, a fitoterapia, o reiki, dentre outras, ambos se caracterizam por serem intervenções não invasivas, com ausência de efeitos colaterais prejudiciais (GALLI, 2012).
Desta forma, a técnica alia os movimentos de deslizamento e compressão à termoterapia provocada pelo uso das pedras quentes. A energia térmica penetra profundamente no sistema muscular, promovendo um relaxamento intenso se destaca por ser uma das mais antigas formas de terapia, sendo definida como uma manipulação manual dos tecidos do corpo, com intuito de através do toque, do pressionar, do comprimir e do amassar, proporcionar sensação de bem-estar, reduzir o estresse, o alívio de dores e desconfortos, melhora de contraturas musculares, diminuição de tensões e melhora da circulação (JONAS, 2001).
A terapia com pedras quentes é feita através do uso de pedras vulcânicas que foram resfriadas no decorrer de anos, desta forma, todo seu potencial energético foi assegurado. Povos de diferentes origens as utilizavam como tratamento em rituais de cura, purificação e alivio do cansaço muscular.
Clinicamente, as pedras são um meio de condução de calor ou frio e de forma penetrante, promovem maiores efeitos na pele, músculos, tendões, ligamentos e vísceras, acontecendo então uma massagem profunda, sem dores, reestabelecendo o fluxo energético do indivíduo (BARBOSA, 2015). Onde o calor possibilita a vasodilatação, o relaxamento muscular, a extensibilidade dos tecidos moles e a redução da inflamação. Por sua vez, o frio favorece a vasoconstrição, sendo indicado para o controle de processos inflamatórios, diminuição do espasmo muscular, controle de edema e controle da dor (FLORENTINO, et. al 2012).
A fisioterapia utiliza os recursos terapêuticos manuais como instrumento de tratamento, pois o toque, seja profundo ou superficial, proporciona efeitos locais e gerais no organismo, sejam efeitos físicos quanto psicológicos. Desta forma, a terapia com pedras quentes contribui para o equilíbrio e energização corporal, sendo eficaz para o alívio de quadros álgicos, promove bem estar e a melhora da qualidade de vida do indivíduo, tratando-o de forma holística, ou seja, levando em consideração todas as determinantes que influenciam o quadro a ser tratado, respeitando sua integralidade como um todo.
BARBOSA, Edna Aparecida et al. Terapia com pedras quentes: reenergizando o corpo. I JORNADA CIENTÍFICA DA UNIFRA, p. 42, 2015.
FLORENTINO, et. Al. A fisioterapia no alívio da dor: Uma visão reabilitadora em cuidados paliativos. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, vol. 11, N. 2 – Cuidados Paliativos, abril 2012.
GALLI KSB, Scaratti M, Diehl DA, Lunkes JT, Rojahn D, Scheninger D. Saúde e equilíbrio através das terapias integrativas: relato de experiência. Revista de Enfermagem. v. 8. n. 8. p. 245-255, 2012.
JONAS, Wayne B: LEVIN, Jeffrey S. E-book: Tratado de medicina complementar e alternativa. São Paulo: Manole, 2001, 619p. <Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=rScNkGWFpTMC&pg=PA392&dq=massoterapia&hl=pt-BR&sa=X&ei=frjGVPzRIsTmsATO1YKYCw&ved=0CBwQ6AEwAA#v=onepage&q=massoterapia&f=false >.
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